PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO 2015



  
  
  
  
  
  
  
  “CRIANÇA NÃO É GENTE GRANDE”
APRESENTAÇÃO
Paradoxalmente, cada vez mais, a infância perde de vista a criança
(BARTHOLO e TUNES, 2008).
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As palavras que dão início a esta apresentação sinalizam como a criança tem sido tratada na sociedade atual, ou seja, a infância tem sido roubada de suas vivências. Tal constatação nos leva a alguns questionamentos: o que é ser criança? O que é infância? O que a criança necessita? Quais são suas vontades e interesses? Essas indagações expressam uma realidade: o pensar dos adultos “sobre” a criança. O que a sociedade atual pensa acerca da criança e o que ela acredita que a criança necessita. Reforçando que todo esse contexto de reflexão está centrado numa visão adultocêntrica.
Nessa situação, nos deparamos com crianças que não brincam; com crianças que não têm tempo para vivenciar situações próprias da infância; com crianças que estão com o seu tempo preenchido por atividades que os adultos julgam essenciais para a sua constituição enquanto seres humanos sociais e culturais. Deparamo-nos com crianças enclausuradas em espaços considerados educativos, que aprisionam o seu corpo e sua forma própria de expressão infantil. “Um corpo sem alma a vagar rumo a um futuro que os adultos traçaram para ela” (BARTHOLO e TUNES, 2008). O contexto educativo pensado para a criança, não pensa a complexidade que envolve a infância, mas centra no desenvolvimento intelectual e cognitivo, com vistas a um futuro. Não pensa a expressão do corpo da criança, em suas emoções e, sim, foca no desenvolvimento de seus conectivos neurais.
Diante de todas essas reflexões, acreditamos que o Projeto Político Pedagógico do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante, seja o de ruptura com essa lógica existente, ou seja, voltar o pensar para a criança. Não é pensar “sobre” a criança, mas sim, convidá-la a fazer parte do processo. É voltar o olhar e o ouvir para a própria criança, pois ela tem muito a revelar acerca do seu modo de estar no mundo. Sendo assim, indaga-se: quais são as reais necessidades, vontades e interesses da criança? Esse é o desafio que nossa
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escola busca traçar ao pensar desenvolver o projeto: “Criança não é gente grande”.
Essa preocupação surgiu no ano anterior, em 2014. Por meio de observações das expressões das crianças, o grupo de profissionais da escola, percebeu que elas clamam por um espaço, em que de fato, suas reais necessidades, vontades e interesses sejam considerados e respeitados. O grupo de profissionais é composto pela equipe gestora, serviço de orientação educacional, professores e auxiliares da educação.
A princípio, ocorreram observações e discussões de como poderia ser uma escola que realmente considera a criança e sua infância. Dessas reflexões pensou-se na elaboração do Projeto Político Pedagógico para 2015, durante a semana pedagógica do corrente ano. Vale ressaltar que este PPP se constituirá ao longo do ano letivo, pois pretende considerar o protagonismo das crianças no processo de elaboração do PPP. Portanto, não basta atender o grupo de profissionais que atuam na escola, mas faz-se necessário abrir espaços de conversas com as famílias e, sobretudo, com as crianças. A escuta atenta de todos os envolvidos é fator essencial nesse processo.
Ao longo do ano letivo, teremos momentos de estudos subsidiados por textos, vídeos e outros instrumentos, para suscitar as discussões acerca da criança, da infância e do contexto da Educação Infantil. Bem como, encontros que envolvam toda a comunidade escolar para constantes discussões acerca do PPP. Ressalta-se que a participação da criança nesse processo é fundamental.
Esta proposta está em consonância com as Diretrizes Nacionais da Educação Básica e o Currículo em Movimento da Educação Básica do Distrito Federal, entrelaçada com as particularidades e especificidades da comunidade escolar do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante.
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HISTORICIDADE – NOSSA ESCOLA
A escola foi construída em 1963, tendo iniciado suas atividades escolares no dia 17 de fevereiro de 1964. A inauguração oficial se deu em 26 de junho desse mesmo ano. A primeira professora designada para dirigir este estabelecimento de ensino foi Hilda Lutz Pinheiro.
Inicialmente funcionava como escola classe oferecendo curso “primário”, 1ª à 4ª séries e supletivos, fase I e II, sob a denominação de Escola Classe 02 do Núcleo Bandeirante.
Em 1990, o prédio foi reformado para atender a clientela de “educação pré- escolar” e em 1992 foi transformada para o Jardim de Infância 01 do Núcleo Bandeirante. No dia 06/11/1998 foi publicada a alteração da denominação do Jardim de Infância 01 do Núcleo Bandeirante para Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante com a finalidade de adequação à legislação vigente (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB - Lei nº 9.394/1996).
A escola possui 11 salas de aula; dois banheiros para as crianças, sendo um masculino e outro feminino; um banheiro para portadores de necessidades especiais; uma sala de professores com banheiro; uma secretaria; duas salas da equipe gestora, sendo que uma tem banheiro; uma sala de Serviço de Orientação Educacional; uma cantina com depósito para alimentos; uma sala dos auxiliares de educação com banheiro; um depósito de material pedagógico e outro depósito de limpeza e materiais diversos; uma sala de vídeo; um espaço externo para atividades de psicomotricidade; uma casinha de bonecas e dois parques de areia; um pátio coberto e um estacionamento.
Atualmente oferece a modalidade de educação infantil com turmas do 1º e 2º Períodos, que atendem crianças de 4 e 5 anos de idade respectivamente. Temos três turmas reduzidas (uma do 1º Período e duas do 2º) e uma classe especial, devido à inclusão de alunos com necessidades especiais. As turmas estão distribuídas da seguinte forma:
04 turmas de 1º período (Matutino)
04 turmas de 1º período (Vespertino)
06 turmas de 2º período (Matutino)
06 turmas de 2º período (Vespertino)
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01 turma de classe especial (Vespertino)
Atendemos alunos da comunidade do Núcleo Bandeirante (Divinéia e Metropolitana), Riacho Fundo (I e II e Sucupira), Park Way (Arniqueiras) e Candangolândia.
A escola adquiriu uma forte referência na comunidade escolar pelo trabalho que realiza e, também, por conta de muitas crianças matriculadas atualmente que fazem parte de uma geração de filhos e netos de pessoas que outrora estudaram nesta unidade escolar. Ou seja, a história continua a ser escrita, em boa parte, por famílias que possuem duas ou mais gerações que já estudaram e estudam pelos espaços educativos que constituem o Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante.
  HINO DA ESCOLA
TUDO NA VIDA TEM UM COMEÇO
E É SEMPRE IMPORTANTE CONHECER
A NOSSA HISTÓRIA, DE ONDE A GENTE VEIO
É ISSO QUE AGORA NÓS VAMOS FAZER
FALAR DE UM LUGAR MUITO ESPECIAL
QUE MAIS PARECE UM PEDAÇO DO CÉU
PLANTADO EM BRASÍLIA, O CORAÇÃO DO BRASIL
CHAMADO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL,
LUGAR DE ALEGRIA E AMOR
LUGAR DE ESPERANÇA, DE GENTE FELIZ
FORMANDO A NOVA GERAÇÃO DESTE PAÍS
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
PRA SEMPRE ESTARÁ NOS CORAÇÕES
DE CADA CRIANÇA, DE CADA FAMÍLIA
QUE SONHA COM UM MUNDO MAIS FELIZ
A BELA CIDADE DO NÚCLEO BANDEIRANTE
É O BERÇO ONDE A HISTÓRIA COMEÇOU
OS PRIMEIROS ALUNOS AGORA SÃO VOVÔS
SERVINDO ESTA CIDADE COM MUITO VALOR
JÁ TEVE VÁRIOS NOMES E O MAIS CONHECIDO
POR MUITOS É ANTIGA ESCOLA 2
MAS NADA DISSO IMPORTA,
POIS A ESSÊNCIA É A MESMA
AMAR E EDUCAR OS FILHOS DESTA NAÇÃO
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DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR
A cada ano utilizamos um questionário com o intuito de conhecer um pouco melhor nossas crianças e suas famílias. É com base nesse instrumento de pesquisa que percebemos algumas características e particularidades da nossa comunidade escolar.
Após reflexão e análise dos questionários sobre a realidade de vida das crianças e de seus familiares, observamos alguns fatos relevantes que consideramos importante compartilhar nesse PPP, que estão anexados na próxima página.
Outro ponto que consideramos relevante expor neste PPP é a escuta sensível da criança – ser social e cultural que já possui uma história e uma percepção da escola e do mundo. Após o diagnóstico sociocultural, estão anexados alguns desenhos que as crianças realizaram acerca de sua impressão da escola e de questões que são discutidas neste espaço educativo, tais como a relação de gênero e a questão racial.
Refletindo sobre toda a realidade expressa nos questionários que as famílias responderam, nos desenhos e falas das crianças, percebemos a urgência de um PPP que considera as reais necessidades das crianças no tempo de sua infância. Portanto, o tema “Criança não é gente grande” é uma possibilidade de respeito à criança e ao seu desenvolvimento, contribuindo também, para ampliar seu conhecimento de mundo, sendo permeado pelo reconhecimento e resgate da cultura popular brasileira.FUNÇÃO SOCIAL
A Constituição Federal de 1988 estabelece a Educação Infantil e a faz duplamente, ou seja, quando trata do direito da criança com idade entre zero a cinco anos (art. 208, IV) e, também, quando trata do direito dos trabalhadores em relação a seus filhos e dependentes (art. 7º, XXV). Além da Constituição Federal, outros documentos legais asseguram esse direito, tais como, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/1996) e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990).
Analisando esses documentos legais, os diferentes segmentos que compõem a comunidade escolar, após discussão e reflexão definem que a função social da escola, é considerar o direito da criança a uma educação de qualidade, sem esquecer que este é também, um direito da família. Tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança de quatro e cinco anos de idade, “em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e comunidade” (LDB, art. 29).
Ressalta-se que é importante considerar o direito da criança sem desconsiderar o direito da família, para que assim, possa ocorrer um trabalho de parceria entre a escola e a comunidade escolar. E a busca pelo desenvolvimento integral da criança, se dará também, pela criação de possibilidades para o “protagonismo infantil, com a garantia de diferentes formas de participação das crianças” (Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Infantil, 2014, p. 18). Ou seja, em consonância com o currículo da Educação Infantil do DF e também, com base no próprio PPP dessa unidade escolar, é importante pensar e criar estratégias de atuação da criança no processo educativo.
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PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A criança é um ser indivisível, inteiro e único, por conta disso, é importante realizar um trabalho educativo que considera os princípios éticos, políticos e estéticos. Tais princípios são destacados nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica de 2009 para orientar o processo de aprendizagem das crianças. Orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas, respeitando as diferentes condições sociais, culturais, emocionais, físicas e étnicas. Portanto, o trabalho educativo da escola assenta-se sobre os princípios:
Éticos: “valorização da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades” (Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Infantil, 2014, p. 29). Neste sentido, é importante possibilitar um ambiente em que as crianças manifestem seus interesses, desejos e curiosidades e que suas produções sejam valorizadas.
Políticos: “garantia dos direitos de cidadania, o exercício da criticidade e do respeito à democracia” (Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Infantil, 2014, p. 29). Para que a criança possa tornar-se participante da vida social, estabelecendo relações com o meio cultural e com o ambiente; para não apenas consumir, mas também, produzir cultura e ser capaz de mudar a realidade a sua volta. Ou seja, percebemos a criança como ser histórico, social e cultural e compreendemos que sua constituição de conhecimento se dá por meio das relações estabelecidas no meio circundante, assim, a criança modifica e é modificada pelas relações que estabelece com o outro.
Estéticos: “valorização da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da pluralidade de manifestações artísticas e culturais” (Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Infantil, 2014, p. 29). Pois o contato da criança com as diferentes e inúmeras manifestações artísticas e culturais existentes pode possibilitar o desenvolvimento da curiosidade, da imaginação, do ato criador, da comunicação, de forma a contribuir para a compreensão e atuação no mundo que as envolve.
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OBJETIVO GERAL
Respeitar e valorizar a criança e sua infância considerando suas reais necessidades, curiosidades e interesses do tempo presente, percebendo-a como um ser integral. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Respeitar a identidade da criança enquanto ser que possui sua singularidade no contexto social e cultural;  Respeitar a infância da criança e suas necessidades atuais;  Criar momentos de trabalho em grupo para que a criança possa experimentar diferentes formas de convívio social;  Criar momentos de escuta da criança para que ela possa expressar suas idéias, opiniões, sentimentos e possa fazer questionamentos;  Incentivar a participação ativa e crítica da criança nas atividades desenvolvidas na escola;  Criar espaços em que a criança possa desenvolver sua curiosidade;  Incentivar a autonomia da criança por meio de atividades que possibilitem sua independência física, emocional e social;  Proporcionar atividades que favoreçam o imaginário infantil;  Valorizar o ato criador da criança;  Possibilitar a participação em experiências diversificadas;  Resgatar e respeitar a cultura popular brasileira;  Instigar as crianças ao respeito às diferentes manifestações culturais;  Experimentar diferentes brincadeiras seja de tempos passados ou da atualidade;  Experimentar atividades que envolvam música dança, teatro, artes visuais, literatura, entre outras.  Incentivar o respeito aos bens materiais e o patrimônio histórico-cultural.
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CONCEPÇÕES TEÓRICAS QUE FUNDAMENTAM AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS O modo como a criança e a infância são percebidas e compreendidas, depende do contexto histórico e cultural. De acordo com Martinez: A concepção de infância e o lugar que a criança assume na sociedade não são alicerçados meramente em um fenômeno biológico, mas constituem-se com base na cultura, em práticas sociais e educativas estabelecidas ao longo da história da humanidade (2014, p. 85). Tal reflexão torna-se necessária para discutirmos acerca da concepção e do lugar que a criança assume em nossa unidade escolar, portanto, o trabalho educativo aqui organizado e estruturado, está em consonância com o Currículo em Movimento da Educação Básica do Distrito Federal, pois parte da concepção de que “a criança é sujeito da história e da cultura, que as infâncias são plurais em suas expressões étnicas, estéticas e éticas” (2014, p. 21). Essa percepção corrobora para assegurar às crianças a percepção de suas reais necessidades; a manifestação de seus interesses, desejos e curiosidades; a valorização de suas produções, o apoio à conquista da autonomia na escolha de brincadeiras e de atividades; e, principalmente, assegurar o direito de sua expressão de diferentes formas, mas, sobretudo, a expressão de sua voz. Acreditamos que não é possível darmos voz às crianças, pois elas já a possuí, mas podemos criar condições de possibilidades para que as crianças possam formular seus pensamentos e expressá-los por meio da voz. Compreendemos que a criança possui o seu lugar em nossa sociedade - um lugar de protagonismo. Percebemos que a criança é um ser social e cultural, possuidora de experiências individuais e coletivas. Sabemos que a criança já entra no espaço educativo possuindo uma história de vida que se constituiu e se constitui por meio de suas vivências pessoais. Tudo isso precisa ser discutido, refletivo e considerado em espaços educativos voltados para a criança – uma meta que desejamos tornar realidade no CEI-NB. Além disso, temos consciência do percurso histórico da constituição da educação infantil no Brasil. Em alguns momentos foi percebido como
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assistencialista; em outros como uma preparação para a Educação Básica; e em outros com atendimento dualista, ou seja, instituições que eram pensadas para as classes menos favorecidas, que se estruturavam com base no assistencialismo e, instituições para as classes mais favorecidas, que se preocupavam com o desenvolvimento cognitivo da criança (KRAMER, 2011). Hoje, percebemos que a educação infantil já conseguiu ultrapassar essas percepções limitadoras e dualistas. O CEI-NB está organizado e estruturado com base nos eixos indicados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009) – cuidar, educar, brincar e interagir. E para concluir o diálogo em relação às concepções teóricas que respaldam o trabalho pedagógico do CEI-NB, esclarecemos que o processo educativo estrutura-se na perspectiva histórico-cultural que foi formulada nos estudos de Vigotski (2003, 2009a, 2009b, 2010). Assim, compreendemos que o professor é o organizador do espaço educativo, que pode criar condições de possibilidades para o desenvolvimento da criança em diferentes aspectos. Vigotski, em diferentes momentos, discorreu sobre obutchenie, palavra russa que os tradutores de seus escritos não conseguiram encontrar palavra similar no português. Alguns traduziram simplesmente por aprendizagem, outros por ensino-aprendizagem. Prestes (2012) esclarece que ocorreram muitos erros de tradução acerca dos estudos de Vigotski no Brasil, mas esta discussão não cabe no momento. Para Vigotski, obutchenie trata-se de um processo, de uma unidade. Em uma única palavra cabem três aspectos de um mesmo processo – a orientação do educador, sua intenção e a ação do educando. Trata-se do ato de ensinar, da intenção desse ato educativo e o ato de aprender, tudo junto em unidade fazendo parte de um mesmo processo. Para Vigotski, um aspecto desse processo não existe sem o outro. Se for discorrer acerca deles separadamente, não é obutchenie. Portanto, no CEI-NB, o professor enquanto organizador do espaço educativo fundamenta sua prática educativa com base em obutchenie de Vigotski, pois o percebemos como uma unidade, como um processo único, em que seus aspectos estão entrelaçados, coexistem e, que, um não existe isoladamentedo outro.
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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
É na infância que o ser criança inicia a sua relação com o mundo.
(HORTÉLIO, 2012).
Em cada sociedade, a humanidade se desenvolveu de forma diferenciada, dependendo das características singulares de cada ambiente. O Brasil iniciou sua história com os índios e depois recebeu o europeu e o africano. Essa mistura nos trópicos deu origem a uma vasta cultura popular. Atualmente, existem movimentos sociais preocupados com o destino da cultura popular brasileira: culinária, músicas, danças, histórias, festas, brincadeiras. Atividades que surgiram e se estruturaram ao longo da história brasileira e que nos caracterizam como um povo – com identidade própria. Afinal, a cultura de um povo contribui para a constituição de sua identidade.
A criança já nasce inserida em contextos histórico-culturais. A criança brasileira já nasce inserida em contextos histórico-culturais que carregam em si a identidade cultural do seu país. Mas, como já foi elucidado anteriormente, existe a preocupação da perda da cultura popular do Brasil. Tal preocupação também se evidencia nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009). Dessa forma, o Centro de Educação Infantil do Núcleo bandeirante, pensou em desenvolver no ano de 2015, um Projeto Político Pedagógico de respeito à criança e a infância, conciliando com o resgate e a valorização da cultura popular brasileira, mas sempre, com o olhar e o ouvir voltado para as reais necessidades, vontades e interesses da própria criança.
Lydia Hortélio é uma das pesquisadoras que expressa à preocupação com o resgate e valorização da cultura popular brasileira. Suas palavras abrem o diálogo nesta parte do PPP. A pesquisadora esclarece que é na infância que a criança começa a conhecer o mundo que a circunda. É na infância que ela começa a ter suas primeiras experiências. É na infância que ela começa a se expressar. Além de se preocupar com o resgate e valorização das culturas populares, Lydia Hortélio associa isso, as brincadeiras e as expressões corporais de nossas crianças.
Quais são as brincadeiras que perpassam as vivências das crianças? Quais são as histórias? Quais são as músicas? Ela dança? Ela brinca? Ela
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imagina e cria? Refletindo acerca dessas indagações, pensamos em desenvolver um PPP que esteja alicerçado na criança, em suas brincadeiras, em sua expressão corporal, mas associado ao resgate e valorização da cultura popular brasileira. E o primeiro passo, é conhecer as crianças que constituem nossa sociedade mais próxima, a criança do Distrito Federal, do Núcleo Bandeirante, do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante. Para em seguida, ampliarmos nosso conhecimento acerca da criança do Brasil.
Portanto, durante a semana pedagógica, foi definida a estrutura do trabalho a ser efetivado no Projeto Político Pedagógico com sugestões e indicação de temas a serem contemplados. Na proposta, o intuito é delimitar e clarear nosso trabalho educativo dentro do tema selecionado por trimestre. O enfoque a ser dado as atividades práticas será discutido nas coordenações coletivas e/ou por período, ao longo do ano letivo, atendendo ás especificidades de cada turma. E, também, serão observados as reais necessidades e interesses da criança ao longo desse percurso, pois como já elucidado, a criança é a protagonista nesse processo educativo, com direito de expressar a sua voz em diferentes momentos. 1º. TRIMESTRE Ser criança • Quem sou eu? • Eu e meus interesses • Eu e minhas necessidades • Eu e o meu corpo • Eu e minha escola • Eu e minhas atitudes (valores/combinados) • Eu e os meus amigos • Eu e minha família  Festa da Família
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2º. TRIMESTRE O universo infantil e a cultura popular brasileira • Culinária • Brincadeiras • Música e Dança • Imaginação e criação • Criança artista  Festa Junina 3º. TRIMESTRE O imaginário infantil e a cultura popular brasileira • Lendas, parlendas, cordel, trava-línguas, poesias e histórias • Imaginação e criação • Crianças escritoras  Festa de encerramento do ano letivoATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO SOE – Participar na elaboração do PPP; Atendimento individual/familiar; Encontro de pais sobre temas relacionados ao cotidiano familiar e de interesse da criança; Encaminhamentos, quando necessário, a diferentes especialistas (EEAA); Parceria com órgãos públicos (Conselho Tutelar, Posto de Saúde) e não governamentais; Integração dos diversos segmentos escolares (Carreira Assistência a Educação, professores e pais). Tudo isso será efetivado por meio de:  Coordenação coletiva com os professores;  Oficinas;  Encontro das famílias;  Reuniões de pais;  Encontro com os auxiliares de educação. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE – Participar na elaboração do PPP; Contribuir para o desenvolvimento do trabalho articulado entre todos os profissionais da escola; Participar na elaboração e implementação das ações de formação continuada; Planejar e executar intervenções no contexto escolar junto aos alunos, professores, orientador educacional, familiares, servidores e direção. Tudo isso será efetivado por meio de:  Coordenação coletiva com os professores;  Oficinas;  Encontro das famílias;  Reuniões de pais;  Encontro com os auxiliares de educação.
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CONCEPÇÃO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Segundo o Currículo em Movimento da Educação Básica do Distrito Federal (2014), a avaliação é formativa, pautada no aspecto processual de desenvolvimento da criança em diferentes aspectos, bem como, das ações promovidas na unidade educativa. Nesse sentido, é importante ressaltar que a ação educativa está fundamentada na perspectiva histórico-cultural de Vigotski (2003, 2009a, 2009b, 2010), que percebe o ato de aprender vinculado ao ato de ensinar e a intenção desse ato educativo, pois esses três aspectos tratam-se de uma unidade, de um processo único, que estão entrelaçados e coexistem. Ou seja, não é possível analisar o desenvolvimento da criança em separado do ato e da intenção educativa do professor. Tudo isso precisa ser considerado no processo avaliativo.
Outra questão de fundamental importância, é que a avaliação se dá por meio da observação constante do processo de desenvolvimento da criança em relação a ela mesma e, em hipótese alguma, da comparação dela com seus pares ou em metas pré-estabelecidas pelos educadores ou pela unidade educativa. Até porque, para Vigotski, não é possível estabelecer metas de desenvolvimento em relação ao ser humano, pois cada pessoa lida de modo peculiar com a conquista de novos aprendizados. Portanto, é preciso considerar o desenvolvimento da criança em relação a ela mesma.
Sabemos que o desenvolvimento da criança se dá em diferentes aspectos, todos eles precisam ser observados e considerados. Compreendemos que é importante que a unidade educativa se estruture de forma a propiciar diferentes experiências educativas, pautadas no compartilhamento de saberes entre todos os envolvidos no processo educativo. E, também, pautado no diálogo, entre as próprias crianças e entre elas e os adultos que integram o espaço educativo.
Esse processo avaliativo se faz necessário durante todo o ano letivo, por meio da participação das crianças, dos professores e demais pessoas que compõem a comunidade escolar; na realização das atividades; durante as brincadeiras e conversas; e na identificação de diferentes posturas e atitudes diante de situações diversas.
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Não apenas o desenvolvimento da criança é observado e avaliado, mas também, todas as pessoas envolvidas no processo educativo, bem como, a própria unidade educativa. Em relação às pessoas que integram a comunidade escolar, a participação de todos precisa ser considerada no processo avaliativo, desde a família, aos professores e demais profissionais que atuam na unidade educativa.
A própria unidade educativa precisa passar constantemente por processos avaliativos para que seja observado e analisado a sua organização e estrutura educativa.
Tais processos avaliativos compõem-se em momentos de diálogos com as próprias crianças e, em reunião com familiares e com os profissionais que atuam no CEI-NB, bem como, a realização de conselho escolar. Os pontos de análise se constituem em dados importantes para a Avaliação Iinstitucional como um todo.
E por fim, destacamos que em acordo com a LDB (Lei n. 9394/1996), a avaliação na Educação Infantil far-se-á mediante o acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o objetivo de promoção escolarPLANO DE AÇÃO PARA IMPLENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GESTÃO PEDAGÓGICA
A nosso ver, a formação continuada passa a ser um dos pré-requisitos básicos para a transformação do professor, pois é através do estudo, da pesquisa, da reflexão, do constante contato com novas concepções, proporcionada pelos programas de formação continuada, que é possível a mudança. Fica mais difícil de o professor mudar seu modo de pensar o fazer pedagógico se ele não tiver a oportunidade de vivenciar novas experiências, novas pesquisas, novas formas de ver e pensar a escola.
A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional, realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor qualidade aos educandos. Ressaltamos que a formação continuada não descarta a necessidade de uma boa formação inicial, mas para aqueles profissionais que já estão atuando, há pouco ou muito tempo, ela se faz relevante, uma vez que o avanço dos conhecimentos, tecnologias e as novas exigências do meio social e político impõem ao profissional, à escola e às instituições formadoras, a continuidade, o aperfeiçoamento da formação profissional. Mas, para que realmente a formação continuada atinja seu objetivo, precisa ser significativa para o professor.
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GESTÃO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS – O ser humano tem a necessidade de aprender. Portanto a relação família e escola é fundamental para que o aprendizado seja lúdico e significativo. Neste sentido o afeto incentiva e desperta o interesse pelas descobertas. Sendo assim, a escola proporciona a parceria de cuidados e educação visando ao bem estar da comunidade escolar. GESTÃO DE PESSOAS – Roda de Conversas com os auxiliares, aniversariantes do mês, encontro bimestral com as famílias, homenagem aos servidores aposentados e acolhida aos recém chegados.
GESTÃO FINANCEIRA
PDAF: Programa de Descentralização Administrativa e Financeira Implantado pela SEDF por meio do Decreto nº 28.513, de 6 de dezembro de 2007. Posteriormente alterado pelo Decreto nº 29.200, de 25 de junho de 2008, tem por objetivo principal oferecer autonomia gerencial às escolas e DREs - Diretorias Regionais de Ensino, possibilitando-lhes efetivas condições para colocar em prática seus projetos pedagógico-administrativo-financeiros.
PDDE: PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA. Instituído pela Lei no 9.533, de 10 de dezembro de 1997, alterada pelas Medidas Provisórias nº 2100-30, de 23 de março de 2001, nº 2100-31, de 24 de abril de 2001 e nº 2178-36, de 24 de agosto de 2001. Esse programa do governo Federal, gerenciado pelo FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE), tem como objetivo básico garantir à unidade escolar verba de caráter suplementar destinada ao incremento das atividades pedagógicas, principalmente no que concerne à aquisição de material de consumo com rubrica associada a material educativo/esportivo. Tem como base de cálculo o número de alunos matriculados na unidade escolar no ano anterior à sua liberação, conforme o censo escolar e é regido anualmente por Resolução própria do FNDE.
 Conselho Escolar: órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, mobilizadora e supervisora das atividades pedagógicas, administrativas e financeiras, constituído por representantes dos diferentes segmentos que integram a comunidade escolar. As atribuições do Conselho Escolar são:
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garantir a participação efetiva da comunidade escolar; referendar a proposta pedagógica; aprovar o plano de aplicação; emitir parecer atestado a regularidade das contas; auxiliar a direção na gestão da instituição; acompanhar a execução do calendário escolar; registrar em livro próprio as atas de suas reuniões; participar da Comissão Local do processo seletivo para a escolha do diretor e vice-diretor da instituição.
 Associação de Pais e Mestres: instituição de direito privado criada com o objetivo específico de apoiar a instituição educacional em sua gestão pedagógica, administrativa e financeira, sem caráter lucrativo. São atribuições da APM: Interagir com a instituição educacional; promover a participação de pais, professores e de alunos nas atividades da escola; gerir recursos financeiros oriundos do poder público ou da comunidade escolar; promover a integração entre a comunidade, o poder público, a instituição educacional e a família; estabelecer parceria com órgãos não governamentais e entidades civis.
 Conselho de Segurança Escolar: instituição de direito privado criada com o objetivo específico de apoiar a instituição educacional em sua gestão pedagógica e administrativa visando a prevenção da violência escolar e consolidação da cultura de paz. São atribuições do Conselho de segurança: desenvolver ações de natureza educativa, cultural, comunitária, artística, assistencial, recreativa, desportiva, científica e outras; estabelecer parcerias com órgãos não governamentais e entidades civis; promover a integração entre a comunidade, o poder público, a instituição educacional e a família; estabelecer parceria com órgãos não governamentais e entidades civis.
 Parceiros: A comunidade escolar contribui por meio da Campanha da Latinha, Bazar e Rifa.
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GESTÃO ADMINISTRATIVA
A gestão administrativa do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante compreende, em linhas gerais, dois aspectos: A gestão de recursos financeiros, já descrita acima, e a gestão de recursos materiais, a qual abrange a administração dos recursos humanos e a administração dos bens móveis e imóveis da unidade de ensino.
No que se refere à gestão dos recursos materiais que compõem a unidade de ensino, a administração é realizada pela equipe gestora composta por Diretora, Vice-Diretora, Chefe de Secretaria e Supervisor da escola. A composição dessa Equipe de gestores foi definida, inicialmente, pela eleição de Diretora e Vice-diretora através do processo da Gestão Democrática regulamentada pela Lei nº 4.751/2012. Essas, tendo sido empossadas, indicaram para nomeação o Chefe de Secretaria e o Supervisor, ambos servidores de carreira em exercício na escola. Ou seja, a equipe como um todo foi pensada e montada com o intuito de garantir uma unidade de planejamento e de execução em harmonia com o conjunto de servidores da unidade escolar.
Através de decisões colegiadas, a equipe gestora coordena o trabalho administrativo da unidade escolar subdividindo atribuições próprias para cada um dos componentes. No Centro de Educação infantil, essa subdivisão visa o bom desenvolvimento das atividades diversas da escola, além de assegurar que não ocorra sobrecarga de tarefas aos componentes. Assim, ao mesmo tempo em que todos são corresponsáveis pela gestão dos recursos humanos e materiais da unidade de ensino, também podem atuar de maneira mais específica nos setores de suas atribuições. Nesse sentido, as decisões associadas às coordenações com os professores, com a equipe de apoio à aprendizagem e com o serviço de orientação educacional, ficam mais a cargo da Diretora e Vice-diretora, enquanto que ao supervisor compete a coordenação dos processos administrativos gerias, tais como prestações de contas, controle de ponto, solicitação dos servidores e controle das aquisições de materiais em função dos recursos financeiros disponíveis na unidade de ensino. Já ao Chefe de secretaria compete, entre outros, o controle das matrículas e da frequência escolar, o controle dos diários dos professores, os lançamentos de dados nos sistemas informatizados da
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SEE/DF e do MEC visando suprir a demanda de informações necessárias às políticas governamentais.
Entretanto, é necessário ressaltar que a gestão administrativa da escola não é vista pela equipe gestora como algo compartimentalizado onde cada qual é responsável apenas pelas atribuições conferidas. Os componentes da equipe possuem graduação para o magistério o que, de maneira geral, facilita a execução do planejamento e permite aos mesmos compreenderem de forma mais abrangente a associação entre os aspectos pedagógicos e administrativos de uma unidade de ensino.
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PROJETOS ESPECÍFICOS INDIVIDUAIS OU INTERDISCIPLINARES DA ESCOLA ENCONTRO DAS FAMÍLIAS – Palestra com especialista de diversas áreas acerca de temas relacionados à educação. Enquanto instituição proporcionamos momentos de diálogo com as famílias, considerando-as como parceiras e interlocutoras no processo educativo infantil; HORA DA ALEGRIA – Todos os dias na hora da entrada recebemos os alunos com uma atividade especial. Este momento é utilizado como forma de socialização e integração dos alunos e também para enriquecimento das atividades desenvolvidas na escola. São comemorados os aniversariantes do dia. MOMENTO CÍVICO – Toda as sextas-feiras, na Hora da Alegria, são executados os Hinos Nacional Brasileiro e o Hino da Escola, promovendo a consciência cívica, o patriotismo e a valorização da escola como um espaço formador da sociedade. HINO DO CEI-NB - Construído pela professora Rebeca Breder, conta a história da escola de forma musicada, com vistas a valorizar a qualidade desta instituição e seu papel relevante na comunidade local. É ensinado aos alunos sempre de forma significativa, sendo representado através de ilustrações e confecção de livros. CD CONSTRUINDO UM MUNDO MELHOR – CD com músicas compostas pelos alunos sobre temas relacionados à cultura de paz. ALMOÇO CULTURAL – é destinado um dia no ano onde a comunidade escolar se reúne para um almoço na escola. Neste dia, abra-se espaço para as diversas manifestações artísticas por parte dos pais, alunos, professores e demais componentes da comunidade escolar. FESTA JUNINA - festa anual com grande impacto na comunidade com apresentações relacionadas às diversas manifestações culturais do povo brasileiro, feitas pelas crianças.
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PORTFOLIO - Coletânea de atividades desenvolvidas durante o ano com registro de fotos, desenhos, textos coletivos e relatos criados pelos alunos. São registradas todas as vivências pedagógicas realizadas pelas crianças. É objetivo do portfólio, permitir que cada aluno se defronte com sua produção e reflita sobre o que realizou e como conseguiu enfrentar os desafios propostos.
DIA DA FRUTA – As crianças trazem frutas de casa para serem consumidas no horário do lanche. Incentivando assim a adoção de hábitos de alimentação saudáveis através do consumo de frutas.
CIRANDA DO LIVRO – Os alunos levam para casa, semanalmente, livros infantis para serem lidos junto com a família, no final de semana. A atividade tem como objetivo oferecer situações em que os adultos leem para as crianças possibilitando o contato com práticas culturais mediadas pela escrita.
PSICOMOTRICIDADE – Atividades direcionadas para o desenvolvimento das capacidades corporais e reconhecimento do próprio corpo.
UM NOVO AMIGO – Este projeto visa oferecer momentos de integração entre a família do aluno, vivências de brincadeiras e fantasias, conscientização do respeito às diferenças existentes na sociedade brasileira. Brincando a criança toma decisões, desenvolve sua capacidade de liderança e constrói seus valores. Ela trabalha de forma lúdica, seus conflitos. No jogo da brincadeira, a criança toma suas próprias decisões.
FESTA DOS ANIVERSARIANTES – Trimestralmente, é realizada uma festa coletiva para comemoração dos aniversariantes destes meses. Momento que proporciona socialização entre as crianças.
PROJETO INTERVENTIVO – O Serviço de Orientação Educacional junto com a Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem programam atividades de prevenção, de acordo com a necessidade de cada turma, para serem desenvolvidos em sala de aula.
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Ressaltamos que os projetos têm como objetivo trabalhar preventivamente as questões de evasão, acesso e permanência dos educandos, propiciando uma política de maior integração entre família e escola. Portanto, procuramos ministrar aulas criativas que despertem o interesse dos alunos levando-os a participarem das atividades propostas, considerando sempre a sua realidade social.
ESTUDOS NA COORDENAÇÃO – No planejamento das coordenações coletivas e por período, é dado ênfase nos estudos no desenvolvimento integral da criança, visando o envolvimento dos segmentos da comunidade escolar para que possibilitem o respeito à diversidade.
RODA DE CONVERSA - Favorecer momento de escuta e troca de experiências com relação a temas apresentados pela demanda da Comunidade escolar.
CHÁ DOS AVÓS - Permitir que os avós que sejam “avós” sem transferência de responsabilidades. Momento de interação e acolhida aos avós que já contribuíram na educação dos filhos e hoje participam da vida dos netos. Valorizando o papel dos pais/ responsáveis e avós.REFERÊNCIAS
BARTHOLO, Roberto; TUNES, Elizabeth. Editorial – Educação Infantil. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais. Rio de Janeiro, n. 8, junho, 2008.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da República, 1988.
______. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. Institui o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Presidência da República, 1990.
______. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Presidência da República, 1996.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEF, 2009.
DISTRITO FEDERAL. Currículo em Movimento da Educação Básica – Educação Infantil. Brasília: Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2014.
HORTÉLIO, Lydia. Entrevista para o jornal Folha de São Paulo, 2012. Acesso em: 02/03/2015. Disponível em: http://mapadobrincar.folha.com.br/mestres/lydiahortelio/
MARTINEZ. Andréia Pereira de Araújo Martinez. Eu fico com a pureza da resposta das crianças: Atividade musical na infância. Editora CRV: Curitiba, 2014.
PRESTES, Zoia. Quando não é quase a mesma coisa: Traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
VIGOTSKI, Lev Semionovich. Psicologia Pedagógica: Edição comentada. Porto Alegre: Artmed, 2003.
______. A construção do pensamento e da linguagem. 2ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009a.
______. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009b.
______. Psicologia Pedagógica. 3ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.
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ANEXOS
  Apresentação
Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante com modalidade exclusiva em educação infantil, conta com um número aproximado de 444 (quatrocentos e quarenta e quatro) estudantes matriculados e distribuídos em 02 turnos: matutino e vespertino, atendendo o 1º Período (4 anos) e o 2º Período
(5 anos).
Objetivo Geral
Com o objetivo de criar um Projeto Político Pedagógico de qualidade na perspectiva de uma educação que respeite o direito da criança em ter atividades que valorize esse contexto, o tema é “Criança Não é Gente Grande”. Os profissionais visam proporcionar momentos de reflexões e brincadeiras com a participação da comunidade escolar, com a finalidade de identificar os interesses e as principais necessidades de cada segmento, levando em conta a avaliação de experiências anteriores e a expectativa das famílias.
Objetivos Específicos:
 Oportunizar autoconhecimento da história de vida relacionando aos contos explorando brincadeiras;
 Mediar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais;
 Considerar aspectos que envolvam a infância no momento de planejar as atividades de aprendizagem;
 Assegurar as crianças que vivenciem sua infância brincando e aprendendo;
 Promover encontros e oficinas com pais e responsáveis, propiciando esclarecimentos sobre o desenvolvimento da criança;.
 Aplicar e tabular instrumentos de pesquisa para aprimorar o desenvolvimento do trabalho da pedagoga orientadora educacional no contexto escolar;
 Favorecer a devolutiva aos segmentos em coletivas, oficinas e encontros;
 Contar histórias relacionadas às demandas no momento da entrada com intuito de interação com os alunos.
  
  
  
  

  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  

  

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